Abraço da vida...

Às vezes, sinto-me, com as

Portas e janelas fechadas,

Por momentos,

Sinto-me incapacitada;

Melancolia me invade,

Sofro e choro calada,

Preciso livrar-me, do

Meu lado covarde, que

Não resolve nada;

Penso bem, ainda bem,

As frestas que as portas e

Janelas tem, no sopro do vento,

O amor vem, com ele, os

Sonhos tristonhos e risonhos,

Tiram-me do poço,

Fundo e tamanho,

No fim do túnel, o abraço da

Vida, num beijo de paz,

Que me conduz e refaz;

Sinto Deus, que com amor,

Me pega no colo, envolve-me,

Numa redoma de luz,

Muito além ...

Marisa de Medeiros