Imaginária Quimera

As águas vindas salgadas

Vertidas pelos dias idos de dor

Dilacerados olhos que vagueiam

O poder do sem fim que pranteio

Como velas ao mar que sobem os céus

Ascende em mim à imaginária quimera

De voar, voar e desabrochar a estrela,

Uma luz pequena de brilho e doce mel

Um saltitar branco da lontra rodeia

Numa ilusão de fada sinto poder vê-la

Acaricio-a em seda entre os véus

Ao crepúsculo que me incendeia

Levo-a ao colo e de tão leve pluma

Um amor silencioso me consome

Reconheces-me e sorris risos de colibris

De olhos fechados, alados braços, te senti!

Como um espelho a memória te guarda

Vislumbro-te toda em luz, meu querubim!

A inspiração nas imagens mais belas.

Contemplando-a!

Tu és música, poesia, és luz!

28/07/10

São Paulo - SP

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