Verinha da infancia
Queria me encantar com as coisas do mundo
Mas esse mundo não me fascina
Gosto do outro mundo
Dos sonhos negros da infância
Esse é frio
Demorado
Assombrado.
Esse mundo existe só com o acordo dos homens altos.
“as criancas ainda brinca quando criancas"
as ruas molhadas
revela a chuva
o sereno
e o cansaço dos pais
sinto em mim o grito das almas
dos loucos
o perdao entalado
o morro morto no final do céu
e a cantiga de morte cantada por tantos
que desistiram do amor....
o medo é meu rumo
minha solidao
minha pedra
minha parede
minha vontade
tao grande quanto essa dor de existir.
as cantigas da infancia
é ainda, nessa tarde de minha vida
meus anjos, tesouros
meu registro de amor
E verinha, filha de Raul
ainda segura em minhas maos depois de tantos anos.
queria seu amor
das filha de raul a mais magra dos olhos mais fingidos
e do sexo mais prometido
o tempo passa mesmo sem ela
sem a promessa
as rodas, brinquedos e a fogueira de festa
quero de você, vera de desejos
a uva desse deserto de infancia
seu amor escultado no se corpo magro
me alcança mesmo que desista
e tantas vezes já desisti
tantas vezes parei
tantas vezes sai desse sonho
que me traga de volta com promessas
de seiso pequenos e pernas finas morenas
sua boca pequena, vera
de labios tao improváveis
exala o calor desesperado
de um sofimento sem fim]
finge viver
finger não querer
finge não me entender
vive a me procurar
e me encontra sempre que te procuro...
fico a pensar porque voçê não deseja em ato
em passos e voz e pedido
ame, vera
ame o meu coração que sozinho
nesse terreno de malva
pede calado.
tem o fingimento de mulheres que já tive
depois de grande
tem a esperanca contida
da carne, da terra,
tem vida dupla, tem esperanca
mas também tem sexo
escondido, de raul,
Não espere que ame sozinho
Não tenho essa força
Tenho grades por todos os lados
Ladroes de coração em todos os cantos que moro
Te vejo vera nos campos verdes de meu desejo