O FIM

O FIM

O amor é frágil,

volátil, sensível demais

como pétalas de flor,

um fio de teia.

A solidez aparente,

reforçada por metáforas

dissimula a fragilidade latente.

Quando se acaba o esteio,

ainda que por motivo fútil,

abrevia o futuro imaginado

o eterno finda num instante

e o infinito fica para trás.

O sonho se desfaz

como bolha de sabão,

sem perfume, sem grude,

sem rumo, sem laço,

sem lume, sem sentido,

sem nada.

Até esvaecer a lembrança.