O amor nos tempos de fúria

*O amor nos tempos de fúria

Imperativo verbal,

sobrepujando os olhos do verbal imperador.

Império de Tebas, Amor de Atenas.

O homem de Delos em Peloponeso.

Na guerra de Tróia, a mulher grega.

Esparta se desmancha de amor tanto,

velado pela lança na mãos do esplendor.

Imperativo verbal,

sobrepujando os atos de quem ordena.

Em Roma, o Amor é o avesso de Roma.

Quem ama, não é escravo do pão e circo,

conquanto natural é o divertimento do amor,

que proclama no Coliseu, ante a raiva dos leões:

Dai a Cézar o que é de Cézar,

e dai a mim o que é meu.

Nos bustos dos Augustos,

há um coração batente.

Nas terras de Cézares,

há corações amantes.

No coração de quem ama,

há a fúria da humanidade.

Bugarim