Poema 0811 - Fazendo amor

Lábios ficam ansiosos quando falam de amor,

os braços circundam desejando,

a respiração é suave e forte, sem pausa,

entre uma e outra promessa, o beijo.

É hora de enlouquecê-la como eu gosto,

abrir as mãos e oferecer,

esperar o outro corpo serpentear,

um pouco, como se o meu fosse árvore.

Volto à cabeça para o céu e vejo teto,

o som vai e volta rebatendo nas paredes,

o perfume teima em não exalar, paira no ar,

fazendo as pupilas dilatar de tesão.

Deixo a pele úmida e me arrasto lento,

recostando a cabeça no colo nu,

balbucio uma proposta que já não lembro,

um segundo depois vem a resposta.

Não mais existem dores, nem ao menos mundo,

as luzes multiplicaram-se em mil, em milhões,

meu membro invade afoito o sexo,

penetro um céu puro em forma de corpo, o teu.

14/09/2006

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 14/09/2006
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