LEMBRANÇAS DE VOCÊ

Eu já não suporto

Esta lembrança sua que me assusta.

Desperto no meio da noite mutilo a minh’alma, me corto...

E sobreviver com isto me custa

Um preço muito caro

A minh’alma mutilada se esforça para suportar o peso desta cruz

Dou gritos desesperados é como se eu fosse atingido por um disparo

De uma arma que aos poucos me mata e me seduz.

Como eu gostaria de ter lido as entrelinhas do teu diário

Que contam um pouco do amor que você me deu

Hoje caminha em soluços em direção a um calvário

Lastimando-me aos prantos por um amor que mesmo vivo em mim, já morreu.

Quando penso em você a minh’alma fica cega

E escreve num caderno todo o amor que eu te dei

Deixando às claras nos versos todo amor que você me nega

E como desesperadamente te amei.

Está lembrança segundo por segundo lateja

No interior do meu peito quando penso em você

A minh’alma sofre e ao mesmo tempo almeja...

Estar perto... eu sofro, sofro e ninguém vê.

Lembro-me que num destes dias você saiu e disse: volto logo

Você nunca mais voltou!

E deste dia em diante manhã após manhã me afogo

Neste mar de lágrimas onde você me abandonou.

Lembra do tiro que destes em meu peito quando você me conquistou?

Quando nutriu em meu peito este sentimento doentio,

Que ora adormece, ora desperta valente, arrebatador

Porém com o sangue deste ferimento escorrendo em rios.

Numa destas noites frias implorei para que viesse me aquecer

Você veio me aqueceu e envolveu o meu ser

Eu nunca mais, sim eu nunca mais vou esquecer

Ás lembranças que tenho de você.

Escritor e Mestre Jailson Santos