Virgindade

Violaste-me o selo da candura

E agora eis-me a chorar o teu intento

Que mergulhou-me a vergonha na sepultura...

Tiraste de mim um véu precioso

E agora rola na cama o meu lamento

Pois perdi meu colibri lindo e talentoso...

No desespero em que me deixaste

Quebrei uma promessa com o divino,

E agora que escuto o ranger do sino

Fugiste de mim e me abandonaste...

Minha alma pranteia na escuridão

E meu corpo violentado está de luto,

Talvez tenha que permutar meu culto

Pois é intensa a dor em meu coração!

Dalva de Oliveira
Enviado por Dalva de Oliveira em 24/07/2010
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