Virgindade
Violaste-me o selo da candura
E agora eis-me a chorar o teu intento
Que mergulhou-me a vergonha na sepultura...
Tiraste de mim um véu precioso
E agora rola na cama o meu lamento
Pois perdi meu colibri lindo e talentoso...
No desespero em que me deixaste
Quebrei uma promessa com o divino,
E agora que escuto o ranger do sino
Fugiste de mim e me abandonaste...
Minha alma pranteia na escuridão
E meu corpo violentado está de luto,
Talvez tenha que permutar meu culto
Pois é intensa a dor em meu coração!