Naufrágio

A distância inéspida e hostil

Que vive as margens do tempo,

Levou minha esperânça ao vento

E como uma náufraga ao léu

Eu chorei e naufraguei.

Naufraguei como uma barca vazia

Levada pelo vento,

Sem âncoras nem garras,

Sem amarras.

Sem varais nem mastro,

Sem rastro.

Só você no pensamento...

Quando o mar,

Chicoteando os corais de um atol

Lançou-me sobre a areia branca

Incendiada pelo sol

Que acolheu-me.

Sobreviví...

Hoje volto,

Supondo então encontrar-te

E ao olhar em teus olhos

vejo submersa a história de um passado,

Quando juntos navegamos

No mais calmo dos oceanos.

E nos amamos.

Valentina Leemann
Enviado por Valentina Leemann em 24/07/2010
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