ESTAÇÃO DE GIZ

Na estrada sem fim
Buscava um lugar só pra mim
Pretendia também encontrar um amor afim
Que não fizesse pouco caso enfim.

Na estrada esburacada
Vejo sinais de parada.
Ao longe alguém se esconde.
Foge não sei pra onde.

Na estrada deserta
Descobri uma fresta
Levando a porta entreaberta.
Então o silêncio veio.
Se fez na mente
E eu meio ausente
Segui em frente
Na fuga da realidade
E da verdade que machuca.
Novamente o silêncio veio
Ao mesmo tempo...
Que meu rosto cálido
Ficou molhado de lágrimas.

Antologia de poetas brasileiros contemporâneos n•84,
Rio de Janeiro: Câmara Brasielria de Jovens Escritores, 2011.
 

 
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 23/07/2010
Reeditado em 25/02/2019
Código do texto: T2395779
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