CHEGAVA DE IMPROVISO O AMOR...

Chegava o amor como chegava
um sol,
e esse amor de tanto brilho
até me cegava.
E eu nem via mesmo mais nada
além de ti.
 
Agora nessa distância eu já te
amava toda,
e não poderia mesmo dizer
qual a razão,
pois talvez fosse por tua
exuberância
ou teu elegante charme.
 
Teu ar era para mim o mesmo
que o teu,
mas a verdade é que nem
medíamos palavras,
pois elas já haviam sido escritas
no passado.
 
E você me parecia mesmo uma
loba devoradora
de minhas paixões que se
juntavam às tuas,
porque nas linhas e entrelinhas
desse teu sinuoso talhe,
eu já te amava.
 
Estalam  hoje nesta noite de
encantos
esses meus desejos
bem dentro dos teus,
e você nem se sente surpresa
porque também
sente dentro de você, esses
estalidos de amor.
 
E sentimos, de repente,
em nós esses
famintos desejos
que vão revoluteando como
corpos já alados,
porque o amor que surge é a
nossa felicidade mais ampla.
 
 
Esse querer armado de
cumplicidade e
ancorado em nossos desejos
e que não podendo ser
mesmo contido
não se ajusta aos clamores
moralistas
das caladas urbes.
 
Ah...esse amor que não se
pode dar em um minuto,
mas que pode ser sentido
atravessando a vida,
e que se alastra como um
incêndio de fatal paixão
 
Ah...meu amor...você sabe
que nosso amor ninguém abate,
apesar de o sentirmos  
ainda escorrendo pelas mãos.
Ah...palpitares todos ansiando
o demonstrar da paixão.
 
Ah...esse meu inflamar que te
cobre de chamas.
Uii...querida...esse teu inflamar
eu não quero apagar,
porque nos teus braços eu sinto
o teu inflamar,
que sempre e sempre rimará
com amar.
 
Hum....meu amor...contigo eu só
quero amar.
Vem minha mulher das chamas
me inflamar..
 
Sim querida...sim...até eu ficar
sem ar.
 
 
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Autor: Cássio Seagull
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Poesia que fiz em 23-07-10 às 18 h em SP
Lua crescente – sol – 26 graus
Beijos e abraços para você...bom sábado.
cseagull2@hotmail.com
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