Palavras 0068 - Desdenho

Não sou tão selvagem,

nem somente um erro de Deus,

sou espírito vagante de um corpo,

a procura de alguns apogeus.

Não desdenho as verdades simples,

limites, pausas e mulheres,

como se fossem parte de mim,

seu sexo e aos seus requeres.

Ainda não sei o que procuro,

talvez um tanto mais destemido,

aspirar a felicidade para respirar,

um pouco mais livre e descabido.

Quando se possui o “por quê?”.

Não alcança o êxtase grande,

pouco sentimento move o corpo,

na pequena paixão que expande.

Na verdade o sonho fica pra depois,

independente da vontade,

não escolho virtude,

preciso e prefiro sexo a castidade.

23/07/2010

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 23/07/2010
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