Ascensão

Não vou te pedir pra voltar,

Não vou te pedir promessas

Você esta livre pra voar

Quer ir? A hora é essa!

Só não espere um boa sorte,

Muito menos um seja feliz

Quero ser tua morte

Quero que sintas dor

Para que se torne meu alívio

Vá! Me de as costas e não olhe mais pra traz.

Quero ser nos teus lapsos de memória

A lembrança que dói mais.

Ver teus olhos inocentes manchados de sangue

Quando bater em minha porta pedindo abrigo

Serei teu carrasco, teu algoz

O teu anjo protetor

Ainda terá em teu corpo meu suor

De nossas noites de amor

E eu na mente,

Ainda terei o teu grito de dor.

Os lençóis sujos ainda estão intactos,

Do sangue de nossos escusos pactos

Não estarei te esperando

Para voltar pro meu coração

Esperar-te-ei humilhada

Para infligir-lhe a punição

Punição que tenho direito e darei...

Porque fui escravo, agora sou rei.

Conto nos dedos o dia em que voltarás

Me pedindo amor e abrigo

Não prometo lhe receber, mas se assim for.

Dar-te-ei paz como castigo.

Porque você nunca mais será o anjo

Que respeitei e conheci.

Será só um corpo sem valor,

Para eu beijar e cuspir

Pois o homem que tu deixas-te solícito e amável...

Morreu aos teus olhos,

Este aqui é frio e implacável.

E não diga que sou cruel também

Porque você criou este homem,

E agora ele dominou-te meu bem.

Rubens Piedade
Enviado por Rubens Piedade em 23/07/2010
Código do texto: T2394520
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