REFLEXOS NA POÇA D'ÁGUA
De uma poça d’água,
Ao findar o rigor do inverno,
Junto à estrada em obras,
Após eternos dias de chuva,
Raios teimosos do sol
Relembraram o calor do verão,
No suave afago de tua mão,
No conforto do teu corpo,
No acalento dos teus olhos,
No sorriso dos teus lábios,
No doce perfume do teu ser,
No compasso do teu coração,
Que nutria minha vida
Com teus beijos curadores,
Que me olvidavam as mágoas,
Apagando-me os rancores,
Somente então via cores,
via luzes, via flores.
Somente via a ti no mundo
E sozinha tu fazias primavera
Do rude frio do inverno,
tornando meu mundo jardim.
Wilson Amaral.