Noite fria

Noite Fria

Fria noite de horas púrpuras

Cambaleantes horas sonolentas

E um rasgo de evidências

Denuncia o clima vindo

Ventos gélidos, meninos

Pelos campos, redemoinhos

Comendo os direitos dos tempos

Nas esquerdas solidões

Um silêncio é quebrado

Cacos de vidro lançados

Escorrega no asfalto

Louca vida esmiuçada

Arvores voadoras

Decoram o azul que acinzenta

E telhas assim, cor magenta

Declamam liberdades pelo ar

Noite fria, enclausurada

Na cadência torta da estrada

Um tufão de emoções

Clima solido, petrifica

Pedrinhas de diamantes pelo chão

E da janela quebrada

Vê-se a caminhar pela estrada

Antigas atitudes neurais

Enquanto se aquece as matas

Com labaredas insanas

Gela-se o futuro

Congelando assim,

A alma da terra

E o homem nu esbraveja

A pele que doe no olho de mais um

Inverno d’alma.

Márcia Poesia de Sá

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 22/07/2010
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