UMA VIDA QUE É SUA
Eu sou aquele que chora e ninguém vê
Pois nas longas noites soluço ás escondidas
Com enormes ânsias de morrer
Sentindo o peito latejar com a dor das feridas.
Esta noite chorei até perder os sentidos
E sem que ninguém pudesse perceber
De repente voltei a mim pensando que tu escutarias os meus gemidos
E virias me acolher.
Decepcionado saí pelas ruas chorando
Carregando na cabeça uma coroa de acantos
Os sabiás que me viram emudeceram os seus cantos
Passam as décadas e continuo te procurando
Mas se porventura decidires encontrar a minha alma que te procura louca, louca.
De amor, chorando pela deserta rua
Beije-me desesperadamente a boca
E sinta em teu peito o bater de um coração que sempre foi teu e o amor de uma vida que sempre foi sua.
Escritor e Mestre Jailson Santos