Mistérios...

Não tenho medo de quase nada

Tenho medo de parar de sentir

De te perder

Nas minhas zonas sem explicação

Dado ser essa a minha forma de estar

A minha forma de ser…

E olho o céu

Olho a lua

Olho o amor

Sem tal compreender

Mas gosto de tal

Apenas por sentir

Gosto de tal

Com uma fé

Quase cega

Porque a fé em mim

É algo de profundamente

Fundamental…

Na minha nebulosa

Inquietação

Sinto-te

Sinto-me

Sinto a língua

Que mais falo de forma perceptível

A linguagem do coração

E então deixo-me ir

Deixo-me levar

Por uma paixão surda

Que me perturba

Mas mais do que me turva

Me dá

Uma enorme ternura

Um enorme prazer

Não a percebo

Não a compreendo

Mas é ela

Que todo o meu ser

Enobrece

Costuma enaltecer…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 22/07/2010
Código do texto: T2392406
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