Cantando a vida
Decidi transformar cada pedra do caminho;
Transformar a cada espinho;
Em motivação, garra, solidariedade e carinho;
Entregar-me para a vida sem medo de ser feliz;
Olhar a beleza deste céu tão anil.
Sou simplesmente assim:
Jamais deixo de apreciar:
Mesmo naqueles dias cheios de trabalho:
Ao céu estrelado que me encanta;
As músicas clássicas que me arrepiam;
A ouvir o silêncio de meu próprio pranto;
E navegar com ele neste caudaloso rio.
Rio que me leva ao infinito;
Sentindo a adrenalina deste momento;
Confundo-me com meu próprio grito;
De um amor chamado encantamento.
ACCO
Ainda na época que era acadêmica de enfermagem e acompanhava recém- nascidos prematuros e seus pais, buscando a formação de vínculos, lembro-me que uma das mães que havia perdido seu bebê, disse-me: “o problema não são as desilusões da vida, mas o que vamos fazer a partir delas”. Fui para casa martelando esse pensamento e decidi que jamais desistiria de minha própria vida. Senti-me frustrada na época, pois tentava “consolar” aquela mãezinha, em silêncio, ao seu lado, mas parece que nada era suficiente. Ela me olhava, segurava minha mão e dizia simplesmente: Fique a meu lado, assim como estas, por que nada mais importa. Não tinha vida suficiente para entender a profundidade das palavras daquela mulher.
Bem, por que estou contando isso? Mal sabia que um dia perderia um filho e que esse momento seria crucial para que pudesse lidar com a situação. Digo que não há pior dor no mundo e muito menos consolo para tal. Mas decidi ressignificar o sofrimento e a cada dia busco transformar cada lágrima em orvalho e fazer minha vida valer a pena! Depois fiquei sabendo que a mulher faleceu.
Dedico a poesia acima a esses três Anjos, que me ensinam tanto na vida!
Decidi transformar cada pedra do caminho;
Transformar a cada espinho;
Em motivação, garra, solidariedade e carinho;
Entregar-me para a vida sem medo de ser feliz;
Olhar a beleza deste céu tão anil.
Sou simplesmente assim:
Jamais deixo de apreciar:
Mesmo naqueles dias cheios de trabalho:
Ao céu estrelado que me encanta;
As músicas clássicas que me arrepiam;
A ouvir o silêncio de meu próprio pranto;
E navegar com ele neste caudaloso rio.
Rio que me leva ao infinito;
Sentindo a adrenalina deste momento;
Confundo-me com meu próprio grito;
De um amor chamado encantamento.
ACCO
Ainda na época que era acadêmica de enfermagem e acompanhava recém- nascidos prematuros e seus pais, buscando a formação de vínculos, lembro-me que uma das mães que havia perdido seu bebê, disse-me: “o problema não são as desilusões da vida, mas o que vamos fazer a partir delas”. Fui para casa martelando esse pensamento e decidi que jamais desistiria de minha própria vida. Senti-me frustrada na época, pois tentava “consolar” aquela mãezinha, em silêncio, ao seu lado, mas parece que nada era suficiente. Ela me olhava, segurava minha mão e dizia simplesmente: Fique a meu lado, assim como estas, por que nada mais importa. Não tinha vida suficiente para entender a profundidade das palavras daquela mulher.
Bem, por que estou contando isso? Mal sabia que um dia perderia um filho e que esse momento seria crucial para que pudesse lidar com a situação. Digo que não há pior dor no mundo e muito menos consolo para tal. Mas decidi ressignificar o sofrimento e a cada dia busco transformar cada lágrima em orvalho e fazer minha vida valer a pena! Depois fiquei sabendo que a mulher faleceu.
Dedico a poesia acima a esses três Anjos, que me ensinam tanto na vida!