Canção ao desamor

Esta canção não é exatamente de desamor.

Mas do amor, que apesar de ser unilateral,

não deixou com que a amargura extinguisse

a força que rege os corações.

As canções de amor falam das tristezas,

dos corações partidos pelo desilusão,

desde os tempos remotos.

Muitas das canções ficaram engavetadas dentro do peito,

porque os poetas não sentiam tal infelicidade.

Eles sempre gostaram de exaltar

o sofrimento que lhes corroíam a alma.

Mas na verdade é sabido que nada dura para sempre.

Há casos de rara beleza

em que alguém morreu de amor somente.

Causa inexplicável...

Não se sinta abandonado,

rejeitado ou magoado,

porque alguém não corresponde seu nobre sentimento.

Ninguém pertence a outro se não houver

sintonia dos dois lados.

Atualmente se mata por amor.

Será?

Matam por desrespeito ao ser humano,

pela banalidade que se tornou os valores reais da vida:

traição, desafeto, despeito, ciúmes tolos...

O nome certo seria desamor?

Quem ama sabe reconhecer

os sinais do fim de um relacionamento.

Sabe discernir

o direito de propriedade sobre coisas e pessoas.

Esta canção não pode falar apenas do desamor...

E, sim, do amor.

Aquele sentimento que faz nosso coração disparar,

nossas mãos suarem frio,

os joelhos tremularem como gelatina,

ao depararmos com aquela pessoa especial.

Esquecer o egoísmo ao vê-la feliz

ao lado de quem realmente ama.

Sorrir e seguir em frente...

bette vittorino
Enviado por bette vittorino em 12/09/2006
Reeditado em 12/09/2006
Código do texto: T238850
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