O POEMA QUE EU ESCREVI E VOCÊ SENTIU

O Poema Que Eu Escrevi e Você Sentiu

Uma luz fraca na madrugada

Uma lua meio triste

Faltando um pedaço

Talvez do amor

Que a gente nem sabe se existe

Um teclado surrado pelo tempo

Uma solidão imensa no quarto

Um vazio estranho

E um eterno momento

De repente eu olho a janela

Não tem mais lua

Foram-se todas as estrelas

A paisagem ainda é bela

Mas a cortina desaba em lágrimas

O céu chora do seu profundo infinito

Eu ali parado sentado

Escrevendo para o amor

E sufocando o que seria o meu grito

Não fecho a janela

Deixo o vento entrar

E com ele entra também a chuva

Ela vem pra me amar

Arrasto minha cadeira

Fico perto da janela

Pra poder olhar o céu

Quero pra mim a ira dos raios

A insanidade dos trovões

Luzes e sons

Sons e luzes

A natureza até na intensa madrugada escura

Pinta seus mais puros tons

É uma mistura de frio e calor

Desejos em aberto de um delírio

Que procura o amor

Eu continuo ali

Parado e cercado pelas paredes

Olhando a vidraça escorrendo em amor

O aroma de arvores balançando

Acalentando a minha dor

Até que no meio daquela tempestade

Uma nuvem se abriu

E do alto dos meus insanos mundos

Uma estrela me sorriu

Pra avisar ao mais profundo do coração

Que essa seria a conexão

Pois o poema que eu escrevi foi você quem sentiu.

By Everson Russo

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Everson Russo
Enviado por Everson Russo em 20/07/2010
Código do texto: T2388172
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