QUE VONTADE DE GRITAR

Eu não tenho mais sofrer de tanta dor ingrata

neste coração que sente o amor abandonado

triste sorte de quem ama em demasia sem ser amado

a dor tão forte deste abandono, que me mata!...

Seria tão bonito tudo, o mundo, as flores, a vida

se do outro lado encontrasse o mesmo pensamento

não importaria a distância, a saudade nem o tormento

venceria as barreiras, tudo por ela, que me é tão querida

Mas eu procuro e não encontro na imensidão do espaço

o riso franco, o infinito olhar de um doce profundo

e morre aos poucos o maior amor do mundo

sem ter a chance de desmanchar-se em seu abraço

Adeus, às poesias, às noites perdidas em pensamento

às companhias que trransformamos em rituais

as nossas almas nunca mais, nunca mais noites iguais

nem a lua poderá amenizar os nossos sofrimentos

Restará lembranças, em silêncio por toda a casa

quebrado apenas pelo ruido dos passos compassados

não vivemos nem um dia este nosso amor fracassado

que quis voar pra se encontrar mas sem ter asas...

As noites, os dias, uma voz linda me diz: Anjo?

as palavras de carinho entorpecidas pela ansia louca

um véu que, impiedoso, impede que eu beije a sua boca

ficam de vez guardadas, sufocando os meu desejos...

Deus enviou uma benção mas por um tempo curto

um amor, algo que eu não sei bem como falar

um sentimento diferente, um amor singular

que veio com uma vontade louca de ficar

mas, imaturo, inerte, é tal qual morto;

Ah, meu Deus! Que vontade de gritar!...

EU TE AMOOOOOO!

Joel A Silva
Enviado por Joel A Silva em 19/07/2010
Código do texto: T2386072