QUE VONTADE DE GRITAR
Eu não tenho mais sofrer de tanta dor ingrata
neste coração que sente o amor abandonado
triste sorte de quem ama em demasia sem ser amado
a dor tão forte deste abandono, que me mata!...
Seria tão bonito tudo, o mundo, as flores, a vida
se do outro lado encontrasse o mesmo pensamento
não importaria a distância, a saudade nem o tormento
venceria as barreiras, tudo por ela, que me é tão querida
Mas eu procuro e não encontro na imensidão do espaço
o riso franco, o infinito olhar de um doce profundo
e morre aos poucos o maior amor do mundo
sem ter a chance de desmanchar-se em seu abraço
Adeus, às poesias, às noites perdidas em pensamento
às companhias que trransformamos em rituais
as nossas almas nunca mais, nunca mais noites iguais
nem a lua poderá amenizar os nossos sofrimentos
Restará lembranças, em silêncio por toda a casa
quebrado apenas pelo ruido dos passos compassados
não vivemos nem um dia este nosso amor fracassado
que quis voar pra se encontrar mas sem ter asas...
As noites, os dias, uma voz linda me diz: Anjo?
as palavras de carinho entorpecidas pela ansia louca
um véu que, impiedoso, impede que eu beije a sua boca
ficam de vez guardadas, sufocando os meu desejos...
Deus enviou uma benção mas por um tempo curto
um amor, algo que eu não sei bem como falar
um sentimento diferente, um amor singular
que veio com uma vontade louca de ficar
mas, imaturo, inerte, é tal qual morto;
Ah, meu Deus! Que vontade de gritar!...
EU TE AMOOOOOO!