VEM DE TI

Vêm de ti as minhas lembranças mais ternas,
Dessas lembranças é que se forma toda saudade,
Que embala meu tempo só, minhas madrugadas,
Fazendo-me lembrar que amar é tão bom assim.
 
Vêm de ti as minhas lembranças mais líricas,
Que ainda me fazem apreciar as noites de luar,
Aguça a vontade de andar a dois pelas calçadas,
Sentar no banco da praça, em abraços enamorados.

Vêm de ti as lembranças da espera pelo domingo,
O churrasco, o parque, as estradas, as praias,
Os retornos, os risos, as histórias, o cansaço,
Nosso ninho a nos acolher e encobrir nosso recesso.
 
Inevitável lembrar as noites, os beijos e afagos,
Dos abraços quentes, dos olhares ávidos de cobiça,
Da paixão tomando forma e nos fazendo amantes,
Dos corpos untados de sofreguidão, paixão e êxtase.
 
Vem sempre de ti e de tudo que tivemos e vivemos,
As lembranças que balançam a rede do meu viver,
Da graça dos meus dias que passariam nublados,
Não fossem as lembranças que fazem brilhar meu sol.
 
Vem de ti e das tuas lembranças sempre e ainda vivas,
Esse meu hábito de ainda passear pelos jardins em flor,
Apreciar as flores, as árvores que acolhem os pássaros,
Que ainda cantam as tantas canções que fiz pra ti.
 

Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 18/07/2010
Reeditado em 18/07/2010
Código do texto: T2384393
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