Tchau

Como o "tchau" pode doer...

E começa a se fazer de um jeito tão sem fim...

Mesmo que a distância saia ou entre em meu jardim,

Há ciladas e sentidos que me fazem corroer

(A mim mesmo)

Sofro porque a vida sempre arma contra mim.

Borra desmedida que me deixa sem sorrir

Pela sórdida, funesta, incontida, brevidade

Que ainda faz ser sonho toda forma de verdade.

Mas por ora — por amor — faço tudo o que me vem.

Você sabe: eu tiro força bem de onde não se tem.

Que o amor que hoje eu juro crie força e tenha eco;

Que as luzes do escuro se apaguem nos meus versos.

Um dia,

Não precisarei subir naquele bonde;

Não precisarei montar em meu cavalo;

Não precisarei cruzar aquela ponte...

Pois cá fico sozinho, contemplando o horizonte

Recolhendo, em são perigo, as purezas da tua fonte

Que me mostram as verdades, as riquezas da cidade;

Que me levam às idades dos cometas, das vaidades...

Caio Trova
Enviado por Caio Trova em 18/07/2010
Código do texto: T2384331
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