É a vez da tua poesia...
Se tantos puderam sentir amor,
serei mais um a isso contar,
poderei com as mãos perfumadas,
em vãos devaneios ao luar divagar.
De quem será o proximo caminhar
a esparramar pedaços de paixão
num desfile de breve consternação,
num grito solene pra quem sabe amar.
Se o solo gorgear destas aves noturnas,
trazem o canto como sua forma de amar,
não são momentos nestas noites apenas,
que retirarão o brilho do seu olhar.
Bem sei agora, ja passou a minha vez,
e meu amor expus ao flagrante desdém,
em outros dias veio a inspiração e refez,
este tempo fugidio que não é de ninguém.
Malgaxe