Amor Vulgar
Olha só, a moça que floresceu
Á tempos já não é botão.
Traz nos olhos de ressaca
A sensualidade explícita, rasgada até a alma
Garota de Ipanema, á tempos já não é.
Talvez no baixo Leblon, onde te encontro?
Talvez entre uma ou outra esquina
Talvez num copo de uísque com gelo
Num trago de cigarro
Na decepção clara, estampada na cara
Nem por hora o brilho dos olhos convence
Sua beleza já não é mais tão jovem, mas eu venero.
Olha só, a moça que floresceu
Despetalou-se faz tempo
Tempo de calar, de amar, de sofrer.
Sabe moça, faz tempo que eu quero voltar a te ver...