Á Hora dos Cardos
À Hora dos Cardos
Chegas ao meu corpo
à hora agreste dos cardos
e sobes em maré vermelha
alucinada
Ardo no teu fogo até que a sede se cale
e o caminho se dilua na noite
serena
Só depois dispo o tempo
e a pele onde também te guardava
Persistes
A memória não se mata
nem se trava o coração