Á Hora dos Cardos

À Hora dos Cardos

Chegas ao meu corpo

à hora agreste dos cardos

e sobes em maré vermelha

alucinada

Ardo no teu fogo até que a sede se cale

e o caminho se dilua na noite

serena

Só depois dispo o tempo

e a pele onde também te guardava

Persistes

A memória não se mata

nem se trava o coração

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 16/07/2010
Código do texto: T2380593
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