Saudade e poesia
O dourado veste velhos candelabros,
dobras de um tempo que a magia levou,
o velho clube com valsas e sussuros,
com a verdadeira poesia um dia ficou
Nunca as paredes da história trarão,
a inocente malícia de um singelo olhar,
nem as baladas mais tristes dirão,
o que é com a antiga saudade bailar...
Não sabem os dias que ficaram,
e nunca saberão da geografia da vida,
das velhas alegrias que retrataram,
o tempo encobre na longa avenida...
Ficam retalhos, sim, pedaços lá atrás,
apenas nos é permitido lembrar,
a outros se dito, é um sonho fugaz,
se fosse buscado, o eterno sonhar!
Malgaxe