Purificação

Borboletas nuas

Vestem nossas vergonhas...

Nossas mãos

Enluvadas de Amor

As espantam.

Sobre os corpos

Agora desvestidos

Pousam os lábios nossos.

Os meus

Em teus lábios vários.

Os teus

Em minha aguda vergonha.

Ao invadir-te

Te atinjo no coração.

Tu me absolves

Dissolves

Absorves

Subjugas

E salvas.

As nuas

Borboleteiam

Até que a água nos benza

E espante o pecado

Das nossas amorosas

Vergonhas...

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 15/07/2010
Reeditado em 16/04/2014
Código do texto: T2379692
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