Purificação
Borboletas nuas
Vestem nossas vergonhas...
Nossas mãos
Enluvadas de Amor
As espantam.
Sobre os corpos
Agora desvestidos
Pousam os lábios nossos.
Os meus
Em teus lábios vários.
Os teus
Em minha aguda vergonha.
Ao invadir-te
Te atinjo no coração.
Tu me absolves
Dissolves
Absorves
Subjugas
E salvas.
As nuas
Borboleteiam
Até que a água nos benza
E espante o pecado
Das nossas amorosas
Vergonhas...