Por que(,) poeta?

Por que a dor e não o amor?

Por que não frio e sim calor?

Cortemos as escolhas que nos deixam sem escolhas

Façamos das palavras nosso grito que ecoa

(Pelo amor...)

A dor é o verme comunista, marxista

Que nasce do amor capitalista.

Teu frio e teu calor são vermelhos e se unem.

Teus olhos são meu jeito — são duas facas de dois gumes.

Mas por que dar nome aos bois?

Por que fazemos contas pra saber o que são dois?

Por que não somos cegos e vivemos de mistério?

Por que fazer rascunhos do que vem a ser o ego?

De matuto e tosco eu quero ter um pouco

Pra sentir que o teu beijo é algo rico e tão gostoso.

Não chamem o poeta de poeta.

Ele é simples como a nuvem,

Que dá chuva e não tem cor.

Teu rosto sempre vem na hora certa.

E me faz prever meus sonhos

E me faz querer o amor...

Soube ontem que o futuro nos aguarda

Seja como for, empunharei a minha espada

Eu lutarei da melhor forma possível

(E por que não da melhor forma impossível?)

Não chamem o poeta de poeta.

Ele é simples como a nuvem,

Que dá chuva e não tem cor.

Teu rosto sempre vem na hora certa.

E me faz prever meus sonhos

E me faz querer o amor...

Eu avanço e meço o espaço

Com os olhos infinitos

Eu caminho ao teu sorriso

Tenho teu nome gravado em minha mão...

Não chamem o poeta de poeta.

Ele é simples como a nuvem,

Que dá chuva e não tem cor.

Teu rosto sempre vem na hora certa.

E me faz prever meus sonhos

E me faz querer o amor...

Caio Trova
Enviado por Caio Trova em 15/07/2010
Código do texto: T2378275
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