Ouço o grito do amor...

Angústia, vira tela,

Numa aquarela preto e branco,

Em meio a dor indescritível;

Destrói e corrói a memória,

Pinta nas lembranças,

Um sorriso amarelo, que

Chora de medo,

Beijo frio da solidão, na

Multidão de inseguranças,

Incertezas, mistérios de uma

Incapacidade que não quero;

Às vezes, me desespero,

Outras sem reação;

Choro triste, calada,

Engasgada no desconhecido

Imprevisível, na dificuldade de

Entender, essa dor é minha,

Quero e preciso viver,

Esperança recupera-se na fé,

Ouço o grito ensurdecedor do

Amor dentro de mim com amor.

Marisa de Medeiros