Soneto – Para uma Rosa
Rosas brancas!... Na chuva, fazem, o que lhes é comum;
Perdem-se das pétalas e deixam no vão da terra sua cor mimada;
É leite da vida; da vida da rosa terminada,
Sumo engen
No acre de minha drado na terra, que do leite róseo retira o seu parfum.
boca, sinto o gosto da minhoca renovada,
Neste mingau de rosas e águas a fincar na raiz da roseira seu fartum;
Asco me palpita as vísceras e penso; eis o verme que em mim
Dormita, arquitetando meu fim; e quando eu for à rosa, serei manada
De esquisitos filhos do nada, que na terra tem sua jornada,
Mastigando em silencio o engenho que animei sem nenhum jejum.
Refestelei-me na gula do orgulho e dei turno na vaidade endeusada.
E agora acordado, olho a pétalas no ramalhete, a ultima antes do fim
Recolho-a em minhas mãos, sabendo, tu sim! É a flor parafraseada,
O mimo desta minha jornada, o verbo para a ação... Meu corpo para o nada!
Rosas brancas!... Na chuva, fazem, o que lhes é comum;
Perdem-se das pétalas e deixam no vão da terra sua cor mimada;
É leite da vida; da vida da rosa terminada,
Sumo engen
No acre de minha drado na terra, que do leite róseo retira o seu parfum.
boca, sinto o gosto da minhoca renovada,
Neste mingau de rosas e águas a fincar na raiz da roseira seu fartum;
Asco me palpita as vísceras e penso; eis o verme que em mim
Dormita, arquitetando meu fim; e quando eu for à rosa, serei manada
De esquisitos filhos do nada, que na terra tem sua jornada,
Mastigando em silencio o engenho que animei sem nenhum jejum.
Refestelei-me na gula do orgulho e dei turno na vaidade endeusada.
E agora acordado, olho a pétalas no ramalhete, a ultima antes do fim
Recolho-a em minhas mãos, sabendo, tu sim! É a flor parafraseada,
O mimo desta minha jornada, o verbo para a ação... Meu corpo para o nada!