Terna volúpia

Terna volúpia

Nos teus braços me aninhei, feito gata dengosa.

Senti sua pele quente e seu cheiro másculo.

Minhas mãos deslizaram pelo seu corpo

no exato momento em que

nossas bocas se uniam

aumentando ainda mais nossos desejos.

Procurei seu gosto entre seus lábios

e dessa vez foi real: percebi

seus pelos arrepiados pelo prazer

de me ter entre seus braços.

Após sentir o meu eu em você,

deixei florescer a ternura

que há muito tempo havia fugido do meu olhar.

Na volúpia do amor nem percebemos

as cores da tarde que se despedia lá fora

com a promessa de uma noite carinhosa

e um amanhecer caprichoso para nos receber.

Um amanhecer promissor

de muitas que nos esperam.

Fátima Duarte
Enviado por Fátima Duarte em 14/07/2010
Código do texto: T2377554
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