O amor que matastes.
Recolha-te ao afago,
De quem lhe inspira tais lamentos
Renova-te nas canções que agora,
Cansam-me com pobres versos
Dispõe-te de mais artifícios,
Que esse já cansado coração
Não há de contentar-se com o pouco que sempre destes.
Nem mesmo teu corpo,
Que foste sempre meu refúgio predileto,
Servirá agora, que saturastes minha exaurida alma.
Pois a pobre boa moça que há muito,
Só fez querer-te, tomou para si os insultos de tua demorada ausência.
Clame sem pausas, pelo que julgas ser meu coração, tua morada certa.
Mas afasta-me do incerto que sempre fora tua sombra.
Pois basta meu confuso caminho,
Que apesar de desordenado,
Ainda posso conduzir.
Empenha-se em novamente,
Ressuscitar esse velho e maltratado amor
Que agora, necessita bem mais
Do que tua presença, somente.