A Alma é Britânica...

Não adianta já cansado corpo

Sentires saudades do cemitério

Relógio onde circulam os mortos

Destes giros e reciclos tortos

Porque a Alma nunca atrasa

E é ela quem segura a clave

Da profunda cova rasa

Cabina desta silenciosa nave

Que a leva a todos universos

Para ovular prótons e elétrons

Na luz do único núcleo que contém

O átomo neste incomeçável vaivém

Levanta-te! Que a alma por eterna é nova

E é ainda sem “habite-se” a tua cova

Não te apressa e toma mais um mate

Pois é ela quem consome a corda

E não erra o tempo de cumprir-se o vate.

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 14/07/2010
Código do texto: T2377171
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.