É TANTO AMOR... QUE EU JÁ NEM SEI!
Não te faria tão somente um poema,
Posto que tu és claramente esta poesia,
E nem faria assim ousar-me em plagiar-te
Só pra ter-te como um exclusivo tema,
Mas posso sim reproduzir-te
Já que és a arte das artes?...
Como tratar da teoria
Se tu és a própria prática
Resumindo a matemática
A aplicar sabedoria
Pra prestar assessoria
Dentro de toda temática?
Como querer fazer-te tela
Verdadeiramente bela,
Se tu tens os tons profundos
Num colorido fecundo
Dentre as cores, a mais bela
De todas as telas do mundo?
Como pensar-te enfim, a melodia,
Se, és tu, o prelúdio das sonatas
Permeada “in blues” – sons, fantasias
Que transmitem alegria dedicada ...
Na certeza de trilhar a estrela-guia
Constelada em teu brilho à Via Láctea...
Nua em pêlo, desnudada em pele nua
Como ninfa, prima-virgo toda crua... intacta!
Compor um drama forte em teu nome
É como incendiar nos meus fulgores...
Seria qual, se matasse toda fome
Dos mais famintos dos mamíferos entre os seres
Ainda que seja o mais voraz dos lobisomens...
Numa sede de te amar em teus amores!
Busquemos pás que lavrem a Paz, senhores!...
A cultivar todo jardim... pra tuas flores?...
O que dizer do paraíso, se és tu
O céu azul do meu sorriso?
Toda a parte mais perfeita...
Em tua alma que enfeita
Esse olhar pra que eu deslumbre
Na mais clara das clarezas, esse lume
Fruta rara na lindeza das belezas
Tão só tuas, que invejam a natureza
Se me perco em explicar meus sentimentos
Nesse amor que em mim se faz sentir um rei
É porque assim o é - sem questão, condicionamento...
O grande amor com o fervor de todo o tempo...
Posso dizer que é tanto amor, que eu já nem sei!...
Para Vereda, a verdade verdadeira mais verídica!