ENQUANTO EU LHE DIZIA PALAVRAS DE AMOR

Eu ainda sinto o frio ao me deitar.

Pois não tenho mais seu corpo para me esquentar.

E eu só penso no seu olhar.

A madrugada inteira para variar.

É 01h21min da manhã.

No papel, tinto, nos meus lábios, seu gloss. de maçã.

No meu anelar direito, ainda há a marca da aliança.

E no meu coração ainda há um deposito de confiança.

No qual eu quero que você tome distancia.

Pois você não soube me amar, e quando me amou me amou com arrogância.

Muitos dizem: Antes só do que mal acompanhado.

Eu discordo, pois ainda te quero do meu lado.

Pois mesmo que juntos, estivéssemos magoados.

Eu me tranquilizava quando os meus lábios pelos seus eram tocados.

Ainda sinto dor, ainda estou sofrendo.

Mas na verdade acho que estou enlouquecendo.

Fico vidrado com cada pessoa que vejo na rua.

Fico pasmado, vendo as estrelas e a lua.

Fico pensando “Essa noite deveria ser minha e sua”.

A minha mão devia estar presa na tua.

Chegou com todo aquele jeito me encantando.

Mas se foi como todas as outras, me magoando.

E eu lhe dizendo palavras de amor, e você nem estava ouvindo.

E pensar que esta pessoa foi embora sorrindo.

Mas hoje eu já nem ligo, pro que aconteceu.

E te digo finalmente meu coração te esqueceu.

E hoje me olho no espelho, tentando ver quem sou eu.

E o vento me sopra dizendo: Sim, denovo você sobreviveu.

Vinicius Afonso
Enviado por Vinicius Afonso em 12/07/2010
Reeditado em 12/07/2010
Código do texto: T2374019
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