O PRAZER
O PRAZER
É vaga a luz que adentra a cortina
e ensaia um bailado difuso
sobre o tremor da sombra.
E o corpo, banhado pela luz da manhã,
descobre que o prazer desconhece o tempo.
Não há palavra
que descreva a emoção,
em seus volteios, pelas artérias
- ensandecidas -
enquanto o arrepio do corpo segue o frêmito da alma
que quer bailar sobre a canção
e desenhar o delírio
- que é suor e céu -
na hora absoluta do êxtase.
Basilina Pereira