O Prazer do amor
Ah, delicadas mãos que acariciam o corpo em torpor de prazer
Fazendo delírios estremecerem a carne e a alma dentro de nós,
O beijo que arremata-me para o paraíso e delicia-me com teu sabor
Sentindo o prazer indescritível que apenas o beijar em sí o faz.
Tenho a lembrança de nossos beijos
Abraços quentes e repletos de energia,
O carinho com que sentia teus cabelos "franzeados"
Que no nosso lugar encontravamos a paz e sossego do nosso canto.
O paraíso ja não existe mais
Tão pouco aquele canto de amor feito só para nós,
Lembranças de um prazer delicioso das carícias gentis
E abraços caloroso de sensações únicas que a energia fazia tornarmo-nos um só.
É Dé, foi um tempo de alegria para o coração que a alma não esquece
E encontrando-a novamente é renovada a memória do espírito,
As portas bateram, bateram várias vezes
A saudade ficou.
Não se esqueça nunca que o amor é eterno
Ninguém sabe para onde vai ou fica escondido, mas é eterno,
A fagulha o incandeceia e uma gota o faz virar mar revolto
Revelando-se, alegrando, remoçando, revigirando, acalentando.
As antigas paixões são rios de corrente forte que desembocam no mar
E no céu precipitam-se em chuva alagando os mesmos rios.
Alegro-me dos amores dos dias que a vida deixou para trás
Mas que caminham sempre ao nosso lado como sombras das luzes,
Marcas de dor, alegrias, prazeres, são deixadas no corpo e alma
Sendo o combustível prazeiroso que alimenta o desejo de viver.
Deixa-me passar as mãos em teus cabelos e sentir as sensações de outrora
Caricias que fazem-nas esquentar e o coração palpitar,
Deixa-me novamente poder ter os olhos marejados de prazer
Em sentir teu calor invadindo meu corpo e a minha alma, depois do café.