ECOS

 
 
Hoje, coração aflito, no escuro...
Aguardo os mistérios do futuro,
não visível, porém a mim cabível,
embora intangível...
 
E quando a dor for tanta
que eu não mais a suporte,
que venha o sono da morte...
 
Voejante por espaços não opacos
qual pássaro liberto,
traçarei outros passos...
 
Desfaço os laços
e todos os embaraços,
desato os nós da matéria,
da luz fico mais perto.
 
Solto o grito no infinito,
até que minha voz se cale
e minh'alma não mais fale
das noites frias de solidão,
do breu da escuridão...
 
Até que,
 em um outro tempo
eu aqui retorne
e sentimentos perdidos jorrem,
ao som de novos acordes
e quem sabe então,
os ecos do meu amor,
finalmente o acorde!...

 
07/09/2006
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 10/09/2006
Reeditado em 08/12/2010
Código do texto: T236593