Não sou mais

Não sou mais, o que querem de mim

Sou apenas o ego, da dor ferida

Das cócegas alfinetadas pela desilusão

Não sou mais, preenchido pelo sarcasmo

Trazido pelo vento a fora

Que afora os males pelos batons vermelhos

Apresse-me em cantar o meu júbilo

O perdão de minha amada

Banhada com meu olhar decaído

Trazendo um semblante florido

De seus braços perfumados

Com loção neutra do gosto de meu beijo

Caia em mim teus cabelos ruivos

Que me faz borbulhar a fala

Trazendo de uma memória insana

a desejos realizados,

não sou mais um vazio

sou preenchido por teu odorífero beijo

RENDO-ME!

Verny Clovek
Enviado por Verny Clovek em 06/07/2010
Reeditado em 31/08/2010
Código do texto: T2362134
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