A ti, que tanto amo...

A ti, que tanto amo

Você nem sequer desconfia

Dos fios de esperança que teci

Você não me viu por dentro

Não sentiu a ebulição que senti...

Quando nossos lábios se tocaram pela primeira vez

E antes dos lábios as mãos...

Nossa! Essas mãos que tanto amo

Que tocam as fragilidades das notas

Que reconhecem os versos que revoam sobre ti

E os captam...

Os juntando, reunindo, aglutinando

Em um poema

Que inegavelmente

Sempre...

Me fazem suspirar

Essas mãos que plantam, colhem, calculam, e dormem

Tuas mãos de pedra firme e de ar

De alucinações e luar

De tudo que sempre amei

És o incenso possível

O cristal de minha luz

Meu poema predileto

Impossível te esquecer.

Você não queria ver

Apenas queria algo de imediato

Mas não sabia que não pisava em asfalto

Não sentiu minha alma desfalecer

Você ahhh ...você...

Será que não vê

Que é de você que falo

Quando falo de amor

Nem desconfias?

Hoje decidi abrir o jogo

Dizer que só a ti teria coragem

De doar novamente meu coração

Que hoje mais parece

estátua de pedra sabão

...Teu cheiro me embriaga

Teus olhos me lançam chamas abissais

Tua pele me cativa

Tua voz me faz ensurdecer para os outros sons

Tua alma me encanta

E a minha canta

Sempre que te vê

Mesmo de passagem...

Mesmo sendo só miragem

Sempre irei amar você

Mesmo que você jamais saiba

Ou só...

Finja não saber.

Márcia Poesia de Sá – 06.07.2010

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 06/07/2010
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