faço poesia pra comer de novo
faco poesia pra comer
faco poesia pra nao morrer
pra não chorar tanto
pra conquistar um grande amor
ou esquecer de um
a poesia é meu ombro
minha amiga
meu ingrata amiga que as vezes nao vem
ou vem dividida
conflituosa,
distante
marcada pela etéreo.
mesmo assim
nessa incerteza
paparico as palavras
brinco de crianca
e faco da vida
uma invenção pra morar nela...
eu como cada poema que faço
eu engulo
e estrangulo no dente
porque de mim ele veio
e pra mim ele vai voltar
nao faco poesia pro mundo
faco sim pra fugir dele
pra enganá-lo
poesia nao tem nada a ver com esse mundo de pedra...
poesia é meu oculos
que construo novamente cada vez que a morte me aperta.