Chegaram... (http://www.youtube.com/watch?v=zKqvx-xLwjw)

Os ventos finalmente chegaram...

Já estávamos cansando de tanto esperar.

Chegaram eles com as notícias...

Dizem que há tecidos novos lindíssimos

De padrões nunca imaginados...

Que a seda é puríssima e não se pode medir

Que bicho é mais artista: se o que a estrudou

Ou o que a fiou e escreveu tão lindos versos

Nas linhas intermináveis em que trama e urdume

Se confundem e nos insignificam com suas palavras...

Como eu sinto... Que as cobras se acalmam

A cada vez que ouvem a areia afundando

Sob os cascos dos camelos chegando...

Como a água fica feliz quando, pelas estrelas sabe

A hora de chegarem as bocas sedentas

Que a vão justificar, porque a vida estará

Na simplicidade de suas mãos

De três dedos-moléculas

Com dois gêrmeos, porém....

Ah! Como é bom, Allah! Quando os ventos

Trazem os camelos! Só as cobras...E as Palmeiras...

E os poços...As Estrelas e eu, podemos sentir

O que se sente no deserto, quando chegam os ventos

Que mataram a estrada da solidão,

Passo a passo, sabendo que estávamos a esperar....

E na hora das suas chegadas,

As areias e eu, só sabemos chorar...

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 04/07/2010
Reeditado em 04/07/2010
Código do texto: T2357973
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