O amor do poeta é infindo

Amor de poeta é infindo

Vamos tocando a vida,

na corrida, na lambida do tempo.

Aquele que passa, não se laça,

nem se pode parar ou amarrar.

Vamos fazendo história,

na memória ou em glória.

Alguns de nós com glamour,

outros apenas com histórico estupor.

Vamos pintando quadros,

que para alguns são negros,

para outros furta-cores.

Para nós, os poetas, com muitas flores.

Vamos cozendo os rotos,

e delineando os rostos.

Fazendo da tristeza poesia.

Do choro e do amor sintonia.

Compondo as curvilíenas formas.

Dos andares de donzelas,

ou os musculares corpos

dos fortes amantes delas.

Das dores fazemos rimas,

alguns grandes obras primas.

No amor é que buscamos vida.

Poeta sempre ama sem medida.

Nem bem acaba um amor,

logo outro está na fila,

de forma ardente ele ama o desamor,

ama a tristeza, dos olhos não só a pupila;

A natureza, o amigo, o bom vinho.

Como trem encarrilhado.

Poeta ama o amor, o desalinho,

Tudo o que existe e até o que não foi inventado.

Poeta é ave que voa alto

vem longe e escuta além dos ouvidos.

Tem coração doce,

que pulsa de dar alaridos.

Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 03/07/2010
Reeditado em 13/09/2010
Código do texto: T2355428
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