Corpo dilacerado pelo amor incerto
tal qual deserto o mata lentamente
vento de oásis o toca com piedade
e a saudade o enterra na areia quente.

Num esforço hercúleo busca a sanidade
em passos céleres antes que caia a noite
mesmo a fadiga que o consome,some
não senti as dores de cruel açoite.

Descendo a noite de escuro véu
terrível céu fica a amedrontar
com frio intenso que congela a alma
tortura o corpo antes de o matar.

Mas se morrendo por amor renasça
quem sabe um dia seu amor encontre
e não provando deste amor suas dores
seja feliz sem que nada o afronte.
Lima Ramos
Enviado por Lima Ramos em 02/07/2010
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