DOIS CORPOS, DUAS ALMAS NUMA CHAMA!

Despiu-se o silêncio com gemidos

Daqueles murmurados nos ouvidos

E a boca que silente aguardava

No corpo todo quente se molhava

E os tesões presos nas garras dos desejos

Matavam de prazer todos os medos

E os braços em abraços delicados,

Mantinham abraçados os pecados!

E os pecados em gemidos murmuravam

Uns poemas de prazer escancarados

E os corpos se queimavam na fogueira

O amor, em tesões, nas labaredas

E tudo que restava nessa cama

Eram dois corpos, duas almas numa chama!