RETORNO
Setembro batendo na porta,
Primavera por chegar,
Nem me importam as flores,
Nem os rebentos de verão.
Não quero lembrar das tardes chuvosas,
Do carinho do beija-flor no jardim lá fora,
Muito menos dos chuveiros que caiam das folhas,
Quando eu balançava a goiabeira.
Faz tempo, tantas primaveras,
Que a vi se ir, acinzentando a aurora,
Nem mesmo as promessas de verão,
Já me fazem recobrar o prazer do arrebol.
Que venha a primavera, que venha,
Sei que virão lembranças em cada pétala
De todas rosas de todos os jardins.
Ainda será outono sempre que te lembrar.
Mas rogarei a primavera, quando ela chegar,
Que me aponte, me ensine, o recomeço,
E que me aconselhe a começar de novo,
Como ela faz os anos todos.
Quiçá ela venha diferente neste setembro,
Quem sabe chegue e apague o desamor,
De repente traga em sua garupa um mimo,
Para mimar meus anseios, minha vida,
Pelo menos até que chegue o verão.
Setembro batendo na porta,
Primavera por chegar,
Nem me importam as flores,
Nem os rebentos de verão.
Não quero lembrar das tardes chuvosas,
Do carinho do beija-flor no jardim lá fora,
Muito menos dos chuveiros que caiam das folhas,
Quando eu balançava a goiabeira.
Faz tempo, tantas primaveras,
Que a vi se ir, acinzentando a aurora,
Nem mesmo as promessas de verão,
Já me fazem recobrar o prazer do arrebol.
Que venha a primavera, que venha,
Sei que virão lembranças em cada pétala
De todas rosas de todos os jardins.
Ainda será outono sempre que te lembrar.
Mas rogarei a primavera, quando ela chegar,
Que me aponte, me ensine, o recomeço,
E que me aconselhe a começar de novo,
Como ela faz os anos todos.
Quiçá ela venha diferente neste setembro,
Quem sabe chegue e apague o desamor,
De repente traga em sua garupa um mimo,
Para mimar meus anseios, minha vida,
Pelo menos até que chegue o verão.