Serenata

Há uma estrela quase morta

No alto da noite enluarada

Que em sua última constância canta,

Depois desmancha-se na alvorada

Ouço calado e descontente

O solo sereno desta estrela nata

dentre milhares é a mais luzente

quando se vê ausente no soar da serenata

Toca, canta, e uma pausa dá

para sonhar...

Pobre estrela mal-amada

Estrela rainha,de um império cadente

Saiba que cicatriza meu coração

Sempre que sua serenata

amargar acordes de solidão

As canções, tão tristes e restritas

Como minha vida também é triste e restrita...

No alto de toda a noite

Dentre constelações

Haverá sempre uma astréia serenatando a vida...

daqueles que veneram sua poesia

e se emocionam com suas emoções.

lucheco
Enviado por lucheco em 08/09/2006
Reeditado em 13/09/2006
Código do texto: T235273