Serenata
Há uma estrela quase morta
No alto da noite enluarada
Que em sua última constância canta,
Depois desmancha-se na alvorada
Ouço calado e descontente
O solo sereno desta estrela nata
dentre milhares é a mais luzente
quando se vê ausente no soar da serenata
Toca, canta, e uma pausa dá
para sonhar...
Pobre estrela mal-amada
Estrela rainha,de um império cadente
Saiba que cicatriza meu coração
Sempre que sua serenata
amargar acordes de solidão
As canções, tão tristes e restritas
Como minha vida também é triste e restrita...
No alto de toda a noite
Dentre constelações
Haverá sempre uma astréia serenatando a vida...
daqueles que veneram sua poesia
e se emocionam com suas emoções.