RELOJOEIRO

Na nascente da minha alma,um rio se secou

Por onde passava aguas límpidas de Amor

Hoje existe um vazio,vejo o fundo nada restou

Para onde foi tudo,seguiu seu rumo intensa dor

As folhas que caem pelo bolso do Inverno

Que caminhava distraido,pensando na Primavera

O Outono que achou flores em seu chorar eterno

O Verão pintado de cinza,escondia sua blusa amarela

Cansei de contar de estrelas,são anjos em lampejos

O vento se escondeu,quis com a brisa namorar

A vida é um quadro borrado com leves tons de desejos

Escrever historias,sem ter pra quem contar

Ronalldo Fernandes