PLACEBO
Olho no espelho
E não me reconheço
Os olhos vermelhos
Me mostram o avesso
Vejo muitas feridas
Mas não sinto dor
Vejo pedaços de vidas
Sem nenhuma cor
É como castelo de areia
Solto no vento
Onde o tempo serpenteia
Em todos momentos
As horas não passam
É onde o tempo me trancou
As feridas não se curam
Foi onde o tempo parou
É quando eu percebo
Que é a mesma história
É quando me encho de placebo
Para aliviar a memória
Diante do espelho
Vejo que não há recomeço
Enxugo os olhos vermelhos
Pra esquecer mais este tropeço